Agora elas sorriem com uma conquista: poderão votar e se candidatar a partir das eleições de 2015. Isto numa monarquia onde elas só podem freqüentar os shoppings no período da manhã. As mais abastadas são levadas a estes locais por motoristas particulares. Chegam com os rostos escondidos e só os mostram a partir da placa que avisa: “Somente mulheres. Câmeras não são permitidas. Por favor retirem a cobertura do rosto”.
O direito ao voto e à candidatura foi concedido pelo rei Abdullah bin Abdulaziz al-Saud. Mas não esperem pela participação delas na votação que haverá na semana que vem. Só em
De qualquer forma, mesmo tendo que esconder o rosto e qualquer parte do corpo usando o abava, nome dado à vestimenta preta, elas passarão a ter participação na política. Elas que são proibidas de ter contato com homens. Uma estudante universitária daquele lugar só vê o seu professor através de vídeos ou de um espelho de duas faces.
Ela que precisa de um guardião, que pode ser o marido, o pai, o irmão ou o filho. E diante do guardião tem que ser submissa. É ele, o guardião, que a autoriza a estudar, tirar carteira de identidade, viajar e se internar num hospital.
Ela vai votar e ser candidata a partir de 2015. E os Estados Unidos, mesmo na era Obama, pose de benfeitor de um gigante acontecimento, prometendo apoiar o rei e o povo saudita na reforma eleitoral. Como sempre, oportunismo descarado e interesseiro por uma lua de unha.
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