sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cronologia das mulheres brasileiras na política


Tudo começou em 1822, quando Maria Leopoldina Josefa Carolina, imperatriz do Brasil e arquiduquesa da Áustria, exerce a regência no lugar de Dom Pedro I e envia uma carta junto com outra assinada por José Bonifácio. No documento critica Dom João VI e o próprio marido, Dom Pedro, exigindo que ele proclame a Independência do Brasil.

Após um longo período, a professora Deolinda Daltro, fundadora do Partido Republicano Feminino, liderou em 1917 uma passeata exigindo o voto feminino. Dez anos depois, em 1927, o governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, consegue alteração na lei eleitoral dando direito de voto às mulheres.

Assim o primeiro voto feminino no Brasil e também na América Latina foi registrado no dia 25 de novembro daquele ano, no Rio Grande do Norte. Quinze mulheres votaram, mas tiveram os seus votos anulados no ano seguinte. Foi também no Rio Grande do Norte que foi eleita a primeira prefeita brasileira, Alzira Soriano de Souza, no município de Lages.

Mas só em 1932 o voto feminino foi finalmente oficializado pelo então presidente Getulio Vargas, que promulgou um novo Código Eleitoral. Um ano depois, em 1933, a paulista Carlota Pereira de Queiroz foi a única mulher entre 214 deputados eleitos para a Assembléia Constituinte.

Outro fato marcante ocorreu em 1979, quando Eunice Michilles, do PSD/AM, foi a primeira mulher a ocupar o cargo de senadora com o falecimento do titular da vaga. Passados nove anos, em 1979, o chamado Lobby do Batom, liderado por feministas e pelas 26 deputadas federais constituintes, conquista avanços na Constituição Federal garantindo igualdade a direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei.

A primeira mulher eleita no Brasil para o cargo de senadora foi Júnia Marise, do PDT/MG, em 1990. No mesmo ano Zélia Cardoso de Mello torna-se a primeira ministra do Brasil.

Em 1994, Roseana Sarney é a primeira mulher eleita governadora, no Maranhão. Ela foi reeleita em 1998. Em 1996, o Congresso Nacional acrescenta na legislação eleitoral o sistema de cotas, que obriga os partidos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais.

Em 1998, a senadora Benedita da Silva é a primeira mulher a presidir a sessão do Congresso Nacional. Em 2010, Dilma Roussef é a primeira mulher eleita presidente do Brasil.

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