sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Crônica - Partilha, comunhão e vizinhança


A partilha de outrora era, de fato, comunhão. Alguém vai reclamar que já falei do pão caseiro da Dona Maria, vizinha que todo fim de semana aquecia o forno de tijolos construído no quintal e assava cinco ou seis deles. Um era para minha mãe.

Rua Juruá, 181, Vila Nova, Londrina. O endereço é este. A casa onde eu morava foi demolida. Uma bela e moderna moradia está em seu lugar. O pão era feito nas sextas e seguia quase que um ritual. Dona Maria acordava bem cedinho e tratava de colocar as roupas no varal.

Depois, numa mesa de madeira instalada na varanda dos fundos lidava com a massa. O velho rolo de madeira tratava de dar o ponto necessário e o formato era trabalhado com arte. Enquanto a massa descansava, Dona Maria providenciava os gravetos para aquecer o forno.

A lenha se achava no próprio quintal. Nem as mercearias mais atualizadas da época vendiam carvão. Bobagem estocar num bairro sem asfalto nas ruas e com muita vegetação secando na beirada das casas um produto que ninguém usa.

Fogo aceso esperava-se pelo crescimento para em seguida o cheiro gostoso do pão caseiro assanhar a vizinhança. Nas sextas também se faziam as limpezas gerais, com água tirada do poço artesiano lavando até o chão de terra. Não era desperdício, a água abundava e deitava a poeira que encardia os panos de prato.

No final da tarde, ainda antes do anoitecer, o pão passava pela cerca de madeira, das mãos de Dona Maria para as mãos de Dona Luiza, minha mãe. Isso era um hábito entre os vizinhos de outrora. Se alguém fazia um doce de banana, preparava-o em quantidade para repartir com quem mora ao lado.

Ninguém mantinha este hábito por ser uma obrigação. E se fizessem uma lei tornando a prática necessária, com certeza os vizinhos de antigamente dariam às costas. Continuariam a ser fraternos por terem a fraternidade dentro de si.

Aliás, essa comunhão também não dependia de recomendações dos orientadores religiosos inspirados nas escrituras. Por falta de igrejas e de templos nas proximidades raramente a minha vizinhança participava de celebrações. Só nas ocasiões especiais vestiam roupas de domingo e calçados engraxados para um batizado, um casamento, uma missa de sétimo dia em outros bairros.

Mamãe raramente preparava algo diferente e se constrangia ao receber partilhas dos vizinhos. Mas, costureira, ela por tantas vezes acertou caseados, bainhas, botões mal colocados e costuras desfeitas sem cobrar nada das vizinhas. Os favores eram trocados, mas sem que ninguém se sentisse na obrigação de devolver alguma coisa.

Parecia uma família pronta a participar da vida de todos de um jeito produtivo e gostoso. Nada a ver com as promessas escritas e faladas de agora.


terça-feira, 3 de abril de 2012

Mais um pouquinho de paciência, gente!

Aproveito a Semana Santa para tentar ser santo. Do tipo mártir, submisso, alinhado ao convencional e meio que disposto a dar a outra face. É o tempo que preciso para repensar o meu blog de contos, crônicas e reportagens e os blogs nas quais tenho participação, o das batalhadoras e o do fórum de jornalismo. Peço, assim, desculpas aos meus poucos mas valiosos leitores/seguidores. Prometo voltar com carga após esse tempo de reflexão.

Tenho, aliás, expectativas. Sem elas a gente sucumbe. Quero no blog de contos, crônicas e reportagens ser criativo. Atualmente só de vez em quando consigo isso tantas são as tarefas diárias. Chega uma hora de vazio após escrever um monte de textos profissionais. Sim, sou empregado e se não recebo por linha escrita às vezes me vejo obrigado a redigir o protocolo de um cerimonial com criatividade e desenvoltura tamanha para evitar que o público presente adormeça.

É mole? Pelo contrário, é dureza. A cada minuto surge um desafio e de vez em quando é preciso tirar água da pedra em plena estiagem. É, o sol castiga e o salário é muito suado. De sobra a gente leva uma sacola de desaforos de desafetos que nos tornam inimigos por inveja.

Quanto ao blog das batalhadoras. Ah, se fosse por mim eu transformaria aquilo num canal de comunicação da comunidade! Por enquanto sou o articulista solitário que redige de acordo com convicções e princípios que são exclusivamente meus. Admito: não é a fórmula adequada para um blog de comunidade. 

Então dou-me ao direito de defesa e digo que não estou, por enquanto, em condições de contato mais constante com aquela população. O problema é geográfico e financeiro, pois moro na zona oeste de Londrina, trabalho em Cambé e a sede das batalhadoras fica na zona sul de Londrina.

Mas prometo uma reavaliação após conversas com a diretoria da entidade. Aliás, preciso que a própria comunidade me abasteça com informações, pois a redação e a postagem do que as pessoas querem colocar no blog fica por minha conta e eu faço isso entre a noite e a madrugada. Com satisfação e muito tesão de escrever. É isso que eu sei fazer.

Também espero novidades no fórum de jornalismo. Isso vou deixar para depois, mas a expectativa é animadora. E por enquanto, mais uma vez, peço paciência aos meus poucos mas valorosos leitores. Vai bombar muito em breve com acontecimentos importantes sobre o jornalismo ético da região.

(Walter Ogama) 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Opinião - Pai, por que me abandonaste?

Faz mais de dois mil anos que aquele homem, após ser traído, chicoteado e caminhar longa distância carregando uma cruz de madeira nos ombros, foi pregado a ela. Fincada a cruz o homem, minutos antes de morrer, deixou algumas palavras, na forma de uma pergunta: “Pai, por que me abandonaste?”

A Bíblia tem uma explicação lógica e provavelmente conveniente para aquela manifestação. Ele, como filho de Deus, estava na terra como homem. E quando os ladrões que foram crucificados com ele perguntaram com ironia por que, sendo filho Dele, não merecia a interferência da salvação daquele momento de sofrimento e agonia, o livro sagrado responde que Jesus, em carne, pagava naquele momento por todos os nossos pecados.

E se a manifestação Suprema não se deu naquele momento crucial, ocorreu a partir da remoção milagrosa da pesada pedra que fechava o túmulo e então com a ressurreição. Esta seria a prova de que o homem torturado e morto era mesmo filho de Deus.

Claro, aqui neste texto dou-me à permissão de ser intérprete da leitura da Bíblia. A intenção não é de transcrever literalmente o que o Livro nos diz. E ouso, embora sabendo de discordâncias de pessoas subsidiadas em anos de estudos sobre o assunto e outras nem tanto, mas apegadas a uma fé que se torna paixão, questionar: a provação na forma de tamanha violência foi em vão?

A guerra religiosa de milênios ainda perdura naqueles mesmo locais. Só que agora não são com o uso de pedras, lanças e flechas. A tecnologia permite hoje muito mais mortes num único ato. Não há mais necessidade de cruz de madeira. As armas são modernas e às vezes as guerras são químicas. Irlanda do Sul e Irlanda do Norte passaram bons pares dos últimos anos matando e sofrendo baixas. Nesse caso a explicação lógica era o conflito religioso, mas com a estampa inegável dos interesses políticos. Assim como lá e em diferentes fases da história.

O comunismo e o capitalismo em suas variadas configurações também envolveram nos embates os apegos materiais de uns e os espirituais de outros. E dirão, alguns analistas, que este conflito nada teve a ver com a fé. Mas ela foi em significativos momentos a grandeza que gerou discordâncias porque do bom ou mau uso dela é que se formulavam os preceitos da economia e da política.

Especialmente no Brasil temos nesta exata etapa de nossas vidas a guerra que põe no lixo toda a nossa base cultural, onde entram a fé e a religião, a democracia e a política, a educação e o respeito para com o próximo e assim por diante. É uma guerra de valores, ou melhor, contra os valores. A permissividade é aceita com naturalidade. A roubalheira é descarada e vista como normalidade. Homens e mulheres participam das missas e dos cultos dominicais e fora dos templos e das igrejas agridem, submetem, ridicularizam, destratam e desprezam. E justificam que foi em defesa própria.

Sim, defesa própria. Aquele homem, pelo que consta no Livro, não foi torturado e morto porque pego em um ato de defesa própria. Assim consta na Escritura Sagrada: ele foi chicoteado, caminhou com a pesada cruz no ombro, foi pregado a ela e morreu, deixando aquelas palavras que devemos, dois mil anos depois, lembrar diariamente para conhecer o seu real significado: “Pai, por que me abandonaste?”

(Walter Ogama)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Dominante e dominado na prova do concurso

Classe dominante e classe dominada! Faz tempo não ouvíamos e nem líamos nada sobre isso. É bom lembrar, no entanto, que esse termo foi muito usado no Brasil do período militar. E a gente, quando remetido para aqueles anos, recupera na memória a cara rechonchuda do então ministro Delfin Neto. No mundo a classe dominante nos remete aos debates de outrora sobre o marxismo, que a chamava de burguesia no sistema capitalista. Enfim, era a classe social que controlava o processo econômico e político.

Controlava? Na verdade nunca perdeu o controle, apenas assumiu novas denominações usando dos mesmo artifícios: a exploração econômica, política e cultural, o que inclui o trabalho, a oportunidade de renda, o acesso ao ensino de qualidade, o lazer, a possibilidade de vida social, a saúde e tudo o que faz parte do cotidiano do povinho.

Recente concurso realizado pela Fundação de Apoio à Educação, Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Funtef-Pr) para a Prefeitura de Cambé mostra claramente que a classe dominante está firme e forte e como no passado ainda hoje age descaradamente contra a classe dominada.

Na prova para as vagas de gari cerca de meia dúzia de questões relacionadas à conhecimentos gerais reflete este embate. Uma pergunta é sobre o nome de uma atriz de novela da Globo. Outra é sobre frase que caracteriza uma personagem de humor de programa da Globo. Uma questão chama o recém-falecido jogador de futebol Sócrates de libertário. E assim vai, invocando dupla sertaneja que aparece frequentemente no Domingão do Faustão ou o nome da música que consagrou um tal de Michel Teló, que nem fazemos questão de conferir se escrevemos o nome correto porque não faz diferença.

Cultura geral é isso, para a equipe que elaborou estas perguntas. E não se pode exigir mais conhecimento que isso para um candidato a vaga de gari porque o risco é desse trabalhador, sendo aprovado ou não, adquirir cultura de verdade após estudar para o concurso. Cultura, enfim, é um direito adquirido da classe dominante. A classe dominada não pode saber mais do que as fococas e as vulgaridades.

E vejam a que ponto chegamos! Somos obrigados a tratar a cultura com subdivisões: cultura de verdade. Isso significa que pode haver cultura de mentira. E não estamos falando de contra cultura. Estamos nos referindo a este empreendedorismo vergonhoso de ser contra a cultura para as pessoas que não tem acesso a ela.

Isso se faz assim mesmo. Tratando quem não tem recursos para assistir a um bom espetáculo de teatro ou música como pessoas burras e dando a ela mais incentivo para assistir o BBB do Pedro Bial e pagar caro para se espremer no Parque Ney Braga enquanto um meia boca canta no recinto de shows.

E porque Sócrates foi libertário? O jogador, que também era médico, lutou pelos profissionais do futebol. Por isso foi respeitado como atleta e como líder. Libertário é um termo jocoso e provocativo. Sócrates não foi libertário. Ele foi um líder.

Nunca, na verdade, tivemos a ilusão de que esta guerra fria da classe dominante contra a classe dominada tivesse chegado ao fim. Mas em determinados momentos caímos na ilusão e aceitamos passivamente que os patrões chamassem os empregados de parceiros ou colaboradores. Também engolimos durante toda a nossa vida, como se aquilo fosse doce e degustável, aquele gasto discurso: o trabalho enobrece. Concordamos! Mas quem é que é o enobrecido?

Em governos mais recentes, depois do milagre brasileiro de Delfin e dos militares, Collor de Melo implantou o neoliberalismo caipira e perverso. Henrique Cardoso inventou outro neoliberalismo e além da privatização desvairada criou o voluntário para consertar escolas e unidades de saúde. Também incentivou seus partidários a criarem leis para esconder os informais atrás de programas que empobrecem os formalizados que passam a ser microempreendores individuais. Lula criou a república assistencialista e calou os banqueiros e os grandes grupos econômicos com legislações contemplativas. Dilma dá sequência.

Então... se soubermos o que a Globo difunde, segundo as questões daquela prova, temos cultura. Yes! Nóis sabe das coisas!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Apenas curtas para recuperar o fôlego

Com silicone?

A ida aos supermercados no último final de semana provocou calafrios. O quilo do peito de frango que na semana retrasada podia ser encontrada por cinco ou seis reais saltou para nove ou dez. Pela embalagem deu para ver que os abatedouros são da região. Como a elevação do preço saltou assustadoramente ficamos imaginando que as empresas não só abateram e transformaram os frangos para o consumo. Dá impressão que também implantaram silicones nos peitos dos frangos.

E a cerveja?

Encontramos num supermercado uma daquelas marcas que ninguém compra. Estava por um real e trinta e nove centavos a lata de 473 ml. Baratíssimo! O jeito foi levar algumas para casa e beber fazendo de conta que era a outra de um real e oitenta e nove centavos. E no fim deu na mesma. Refrescou, aqueceu, empaturrou e deixou o almoço de domingo zonzo. Horas depois o líquido foi evacuado no vaso sanitário. Por um preço mais em conta.

Longa vida é?

Pelo jeito não. Na semana retrasada havia promoção: um e trinta e nove a unidade integral, semidesnatada ou desnatada. Na semana passado só se achou por um e quarenta e nove, na promoção. Nem as vacas se empenhando contra a carestia.

Falando em carne...

Preço indigesto. O aumento ocorre da noite para o dia e está lembrando aquele período das remarcações. Num tradicional supermercado de Londrina, onde raramente ocorre distorção entre o preço da prateleira e do sistema eletrônico, que vai nos caixas dos estabecimento, este final de semana percebemos dois erros. O feijão vermelho anunciado por três e dezenove por meio quilo estava registrado no sistema por três e noventa e nove. O sorvete de determinada marca, na promoção anunciada por oito e noventa e oito, estava registrado no sistema por nove e noventa.

Fique atento

Cuidado! Como as remarcações são agora diárias, nem sempre os preços etiquetados conferem com os preços registrados no sistema. Você pega um produto de um e noventa na prateleira por causa da etiqueta velha que não foi trocada e no sistema, já atualizado, o mesmo produto está por mais. Nesse caso o consumidor tem o Código para protegê-lo. Mas habitue-se a conferir a nota eletrônica que discrimina os produtos e os preços antes de sair do estabelecimento.

quinta-feira, 22 de março de 2012

22 de março é o Dia Mundial da Água

Fique atento: apenas 0,008% da água da Terra é própria para o consumo, apesar de dois terços do planeta serem formados pelo líquido. Por isso a Organização das Nações Unidas (ONU) promulgou em 1992 0 22 de março como o Dia Mundial da Água.


Naquele ano a ONU divulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água, documento que precisa ser lido, compreendido e sobretudo praticado diante de tantos atos nocivos ao meio ambiente e aos recursos naturais. Transcrevemos: 



Declaração Universal dos Direitos da Água


Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Muitas reflexões, poucas comemorações

A Carteira de Trabalho e Previdência Social está completando 81 anos nesta quarta-feira, 21 de março de 2012. Ela foi instituída pelo decreto 21.175, de 21 de março de 1932, e regulamentada pelo decreto 22.035, de 29 de outubro de 1932. Em 1934 o então presidente Getúlio Vargas tornou a Carteira de Trabalho e Previdência Social obrigatória para fins de consolidação dos direitos trabalhistas.

Devemos ficar atentos: a desoneração dos patrões é discurso constante de alguns políticos. Em outras palavras, essa desoneração, de acordo com propostas que já surgiram, é a supressão de alguns direitos trabalhistas. O tucanato brasileiro é campeão de propostas nesse sentido.

O 21 de março é também o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. A data foi instituída porque em 1960, na cidade de Shapevile, África do Sul, 60 negros foram mortos e centenas foram feridos durante uma manifestação. O protesto era contra a obrigatoriedade do passe para o negro transitar por áreas brancas.

E pela primeira vez acontece o Dia Internacional da Síndreome de Down, data que foi proposta à Organização das Nações Unidas pelo Brasil. O 21 de março foi escolhido em referência aos três cromossomos 21 que caracterizam quem tem a trissomia do cromossomo 21. Uma delegação brasileira participa da sessão da ONU. A brasileira Tathiana Piancastelli, de Campinas, é uma das oradoras oficiais da sessão. Outros oito brasileiros, vinculados à Fundação Carpe Diem, lançam durante o evento o livro “Mude o seu falar que eu mudo o meu ouvir”.

O 21 de março é também o Dia Mundial da Poesia, Dia Universal do Teatro, Dia Mundial da Floresta, Dia Mundial do Sono (OMS) e Dia Mundial da Infância (UNICEF).

terça-feira, 20 de março de 2012

Curtíssimas – Sobre desemprego e informalidade

Um fardo tucano

As campanhas eleitorais no Norte do Paraná, principalmente em Londrina, são pontuadas com uma grave acusação aos candidatos tucanos. E com justa razão. Difundem os opositores que o tucanato nacional, na época de Fernando Henrique Cardoso, tentou acabar com muitas das garantias trabalhistas. Isso foi tentado com bicadas na Consolidação das Leis do Trabalho.

Muito antes

Na verdade a tentativa de desonerar o patronato veio de antes. O outro Fernando, aquele, Collor de Melo, inventou o neoliberalismo tupiniquim. Inspirado em bons modelos de potências européias, mas fadado ao fracasso por causa dos jeitinhos brasileiros, em que a corrupção não ficou de fora. Deu no que deu.

E depois o outro

Já na fase petista o modelo sindicalista para evitar fechamento de postos de trabalho foi regulamentado. Criaram o banco de horas que faz o trabalhador permanecer na ativa quando o patrão quer e dá folga quando o empregado não precisa. Nessa discussão sobre o prolongamento da jornada de trabalho nunca se discutiu seriamente o banco de horas. Com pagamento de horas extraordinárias muita gente ia aceitar jornada estendida. Com banco de horas só ganha o empregador.

E agora

Um tucano é o autor do projeto que resultou no MEI, o Micro Empreendedor Individual. Tinha que ser feito alguma coisa, pois o desemprego tirou muita gente da População Economicamente Ativa (PEA) do Mercado de Trabalho. Mas não resolve, embora o acesso aos financiamentos e a própria instituição da regularização da atividade estejam claras na lei. Parece mais um jeitinho brasileiro.

E o desemprego

Continua em alta. Alguns índices oficiais ou patrocinados pelo poder público tentam mostrar o contrário. Em alguns setores é possível que sobrem vagas. Mas digamos: em alguns setores.

Assim sendo

Persiste a batida do martelo num ponto que sempre pressionamos: só mentem e tentam nos conformar com medidas paliativas porque somos calados. 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Igualdade intelectual e diferenças físicas

Não ousamos transcrever todas as frases sobre mulheres que estão disponíveis na internet. Mas para quem quiser conferir a receita é simples: digite no Google e elas aparecem. Encontram-se variedades. Algumas são assinadas por supostos sábios. Mas nem nesses é possível achar um pouco de unanimidade. A mulher, na ótica de muitos, ainda é a figura frágil e carente que precisa ser amada de um jeito especial para ser valorizada. Isso quando o conteúdo é decente, porque também vigora com força o machismo que vê ainda hoje a mulher como objeto.

Há também os que só enxergam nelas os aspectos consumistas e vaidosos. Nesses casos a inteligência da mulher nem é considerada. Os mais ousados, se não falam diretamente, a tratam como seres desprovidos de pensamento e de vontade própria: basta comprar jóias e pronto. O que dizer, por exemplo, de um Oscar Wilde? Confiram o que ele diz sobre as mulheres. Este cara foi um talento naquilo que fez. Mas em se tratando de mulher parece ter raiva delas. Até Machado de Assis, em algumas poucas aparições, mostra equívocos e pecados.

E mulher falando de mulher? Também se encontram contradições e ironias. Isso nos parece pior do que um homem ironizando uma mulher. Mas nunca confundam a ousadia feminina com libertinagem. Uma coisa nada tem a ver com a outra. O BBB, por exemplo, é a libertinagem e a sacanagem de todos os gêneros: amassos, sexo, puxação de tapete e fofocas. Ainda assim temos que admitir: a mulher é explorada apenas como sexo em programas do gênero.

Igualdade onde? Segue um carro na frente conduzido por uma mulher. E a qualquer deslize o de trás se queixa: tinha que ser uma mulher. E olha: tem um monte de marmanjo que não dirige tão bem quanto elas.
Estamos no mês da mulher. Coisas grandes e pequenas tem que ser discutidas visando aprimorar o conceito de igualdade. Em primeiro lugar, os gêneros devem ter respeitados as suas condições inclusive físicas. Uma mulher pedreira sabe tão bem quanto um homem assentar tijolos. Mas a sua condição física não permite que ela carregue sacos de cimento nas costas. E se assim o fizer ela estará ultrapassando os seus limites.

São coisas a serem consideradas nesse luta de anos que ainda hoje, em 2012, pouco avanços apresentou. Há uma luta pela igualdade de condições. Mas as características físicas dos gêneros deve ser levado em conta. Enquanto as batalhas se sucedem, deixemos que eles falem das mulheres com ironias. Em determinados ambientes é só isso que eles sabem fazer...

sexta-feira, 16 de março de 2012

A raiz é muito mais podre do que parece

Segregação e genocídio. É o que esta acontecendo no Brasil. O pior é que os atos que caracterizam tais crimes são praticados por brasileiros contra brasileiros.

Os jornais desta sexta-feira, dia 16 de março de 2012, trazem matérias sobre os números divulgados pelo Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores (CNDDH).

Um dos dados mais alarmantes: de abril de 2011 até a segunda semana de março deste ano 165 moradores de rua foram mortos no Brasil. Isso significa que a cada dois dias um morador de rua foi assassinado.
Matéria da Agência Brasil inclui depoimento da coordenadora do CNDDH, Karina Vieira Alves, que informa: as investigações policiais de 113 destes casos não avançaram e ninguém foi identificado e responsabilizado pelos homicídios.

Além do CNDDH há o registro de denúncias feitas pelo Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que só no ano passado recebeu 453 ligações. São casos de tortura, negligência, violência sexual, discriminação e outros contra sem-tetos.

Desse total 120 registros são de ocorrências no Estado de São Paulo. O Paraná vem em seguida com 55 registros negativos. Em terceiro Minas Gerais e o Distrito Federal com 33 casos cada. Deve ser levado em conta que muitas das ocorrências deixam de ser notificadas, conforme alerta a coordenadora do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores, Karina Vieira Alves.

O que estimularia a segregação e o genocídio no cidadão comum? A certeza de impunidade? Os corriqueiros escândalos no poder público e na política em geral cujos desfechos são penas mínimas? Os epsódios das novelas da Globo que colocam sempre glórias nos malfeitores?

Na verdade tudo isso contribui. Mas a raiz do mal é a mesma que acabou com a cultura e a noção de certo e errado neste país. Infelizmente o regime militar aniquilou idéias. Trocou a massa crítica da população por coca cola e instigou a maldade. Com maldade não há solidariedade. Pelo contrário, há sertanejo universitário, BBB, A Fazenda, Tereza Cristina e Griselda, som acima do permitido nas ruas, motorista falando ao celular enquanto dirige, meninos enxugando latinhas de cerveja no estacionamento dos supermercados e necessidade de matar.

A cultura, dizimada, faz falta. É ela que dá sobriedade, coerência, bom senso e sabedoria ao ser humano. 

quinta-feira, 15 de março de 2012

Como olhar o próximo e interagir com ele

Neste mundo de correrias costumamos esquecer das outras pessoas. A luta por um bom emprego e, porque não, pela sobrevivência, faz de nós indivíduos sem tempo. E fatalmente isto leva ao egoísmo.

Mesmo diante de questões coletivas como saúde, educação, oportunidades, segurança, renda e, enfim, aquilo que é essencial e básico para todos, temos a tendência de desviar os olhares.

Atentem para esta frase: “Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se”.

O autor é um grande escritor, jornalista e ativista político da Colômbia. Chama-se Gabriel Garcia Marquez. Em 1982 recebeu o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra. Vamos repetir Garcia Marquez:

“Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se”

Gabriel Garcia Marquez

terça-feira, 13 de março de 2012

É só uma brincadeirinha despretensiosa

Sem formalidade e nada de rigor científico. Vamos fazer de conta. Se a presença das mulheres nos textos e nas fotos dos jornais significasse a importância delas na sociedade, teríamos o seguinte resultado com base de um jornal local importante, a Folha de Londrina. A pesquisa é na edição desta terça-feira, 13 de março de 2012.

Na capa: elas aparecem numa foto. São três adolescentes e duas adultas. Nada em texto.

Na página 2, de Opinião: uma leitora assina texto na seção de cartas. No expediente do jornal, aparecem a diretora Tânia Lopes e a chefe de redação Fernanda Mazzini.

Na página 3, de Política: Loriane Comeli, Paula Barbosa Ocanha e Luciana Cristo assinam matérias.  Há mulheres citadas em alguns dos textos.

Na página 4, de Política: três matérias assinadas por Luciana Cristo um por Paula Barbosa Ocanha. O único homem que trabalhou na página é o colunista Cláudio Humberto, que conta com a ajuda de duas mulheres: Ana Paula Leitão e Teresa Barros.

Na página 5, de Política: a colunista é Dora Kramer. Loriane Comeli assina uma matéria.

Nas páginas 6, 7 e 8: nada, nem texto e nem foto.

É só uma amostra feitas de brincadeirinha. Ficamos apenas no primeiro caderno. Neste espaço podemos dizer que elas estão empatadas com os marmanjos. Um detalhe: no primeiro caderno elas predominam na cobertura de assuntos complexos.

segunda-feira, 12 de março de 2012

A capital federal e o seu estigma segregacionista

Genocídio pode não ser o termo correto. Mas vamos usá-lo como sendo o adequado para tratar de um assunto que diz respeito diretamente à parte da sociedade brasileira: a segregação. Vamos sim usar genocídio, porque a palavra faz referência a uma das mais sórdidas formas para exterminar grupo torturando, matando e colocando em evidência o grande pecado do ser humano de ser cruel quando discrimina e alimenta o preconceito.

Há 15 anos um índio pataxó foi queimado e morreu nas ruas de Brasília por um bando de meninos da classe média. Nestes últimos dias outras vítimas foram feitas também em Brasília, além do registro de uma outra ocorrência no Mato Grosso do Sul.

Brasília foi concebida por Juscelino Kubichek, que encomendou o desenho da cidade para Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Quem bancou a construção de Brasília foi o povo brasileiro.

Oscar e Lúcio Costa criaram uma cidade para ricos. Ninguém consegue andar a pé em Brasília. Seus viadutos e suas ruas largas bem mostram que aquilo é para quem tem dinheiro para comprar um carro para si, outro para a mulher e outros para os filhos. Se a situação financeira não permite carros em casa, o jeito é apelar para as vans que são controladas por amiguinhos políticos de uns e outros.

Mas foram os fandangos que construíram Brasília. Sim, os cabeças chatas que depois de Brasília pronta foram mandados para as cidades satélites. É mais ou menos o que Maringá faz: pobre é enviado para Sarandi.
Brasília, portanto, já surgiu segregacionista. Meça isso no comércio: pobre faz compras no Conjunto Nacional, de onde dá para ver lá embaixo a Explanada dos Ministérios, o Congresso Nacional e a sede do governo federal. 

Rico, que são os filhos de parlamentares, funcionários comissionados dos políticos e parentes de embaixadores, ministros, magistrados e quanto mais gasta dinheiro em shoppings modernos. A cerca de quatro quilômetros do Conjunto Nacional, por exemplo, existe quase em frente do Hospital Sarah Kubitchek o Pátio Brasil, um dos locais de frequência requintada.

Infelizmente muitos dos modelos que temos na política, quando o assunto é corrupção, chegam de Brasília. Pior: essa segregação está crescendo de lá. E nós, aqui no Norte do Paraná, temos que ter força para manter a nossa consciência. Que predomina o nosso lado cidadão e os criminosos raciais, de gênero ou de condição social e econômica nunca ganham terrenos sob os nossos céus.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Opinião - Insisto! 8 de março é um dia de luta!

(texto de Walter Ogama extraído de http://walterogama.blogspot.com)

Vejo na programação do mês da mulher de Cambé uma palestra com um tema que me causa arrepios: “A importância da mulher no lar”. O que é isso? Algo para deixar o marido sempre bem alimentado e gordinho? Receita para deixar a casa limpa e aromatizada de segunda à segunda aproveitando os horários de folga do trabalho e das atenções com os outros afazeres domésticos? Ou um truque para lavar e passar a roupa entre o preparo do almoço e a compra no supermercado?

Peco por não ter ido à palestra, no dia 8 de março em um centro municipal de educação infantil, apesar das perguntas que me vieram à cabeça. Mas se pequei nisso tenho o direito de pelo menos manifestar que o título, além de arrepiar, provoca indignação.

Também por não ter ido ao evento desconheço que tipo de público esteve presente. Reconheço que estas ausências não me credenciam a ser crítico, mas torço que a exposição tenha tido enfoque diferente daqueles que me vieram à cabeça. Ainda assim, se me fosse dada a possibilidade de opinar, eu diria que ficaria melhor um título assim: “A importância da mulher na família”. Isso daria mais amplitude ao tema e o leque permitiria inclusive a interação da família na comunidade e, consequentemente, da comunidade com o conjunto da sociedade nas questões políticas, culturais, sociais e econômicas.

Preocupa-me a equivocada interpretação que as autoridades, principalmente, tem do Dia Internacional da Mulher, 8 de março. É uma data promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para redefinir pautas, avaliar conquistas e pontuar itens que afligem as mulheres e, por tabela, toda a humanidade. Porque as mulheres já são maioria na População Economicamente Ativa (PEA), são no Brasil mais da metade dos brasileiros que votam nas eleições, são comandantes de órgãos públicos federais importantes e assumem postos elevados na iniciativa privada.

Ainda assim há muitas desigualdades, sobretudo no chão da fábrica. A própria cota obrigatória dos partidos de candidatas mulheres é questionada, pois muitas delas apenas vão para a disputa de cargos públicos para cumprir uma lei. Então, nem nas sociedades mais avançadas o Dia Internacional da Mulher é uma data para ser comemorada. E os órgãos públicos, alguns comandados por mulheres, anunciam a programação como uma comemoração.

Equívoco ou proposital? Assim eu quase concluo que o tema da palestra que mencionei acima foi levado ao pé da letra. Ou seja, além de participar da renda familiar, cuidar das crianças, fazer compras, cozinha, lavar louça, passar roupa e limpar a casa, a mulher tem que ser uma excelente dona de casa.

Lembro que a instituição e promulgação do Dia Internacional da Mulher teve entre as motivações o incêndio numa indústria têxtil que empregava cerca de 600 operários, a maioria mulheres de 13 a 23 anos que cumpriam jornada de trabalho extensa. Cerca de 120 delas perderam a vida no acidente.

quinta-feira, 8 de março de 2012

A melhor homenagem nas letras da poetisa

Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.”

Obra gigante de Cora Coralina, batizada Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Ela nasceu em Cidade de Goiás no dia 20 de agosto de 1889 e faleceu em Goiânia no dia 10 de abril de 1985. Doceira de mão abençoada, Cora Coralina ficou conhecida no mundo como poetisa e contista.

Ler Cora é privilégio. Tê-la como referência no 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é muito mais do que isso. Para este blog Cora Coralina é a mais justa homenagem às mulheres.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sobre igualdade e valorização da mulher

Em troca da divulgação do site transcrevemos trechinhos de entrevista com a professora de psicologia clínica da Universidade Nacional de Brasília, Cláucia Diniz, e a ex-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Rosiska de Oliveira, postada em http://www.educacional.com.br/alunoreporter/entrevistanacional.asp?idARMateria=16

Sobre igualdade entre os sexos e valorização da mulher Rosiska diz que significa direitos civis adequados à realidade de cada um. “Por exemplo: a licença maternidade é o reconhecimento de uma diferença que garante às mulheres o direito ao trabalho”.

Para Gláucia igualdade é um termo complexo “que englobaria toda uma reflexão filosófica, sociológica e jurídica sobre a questão”. Ela acrescenta: “É inegável que avançamos muito no reconhecimento do lugar social da mulher, mas citarei alguns exemplos que evidenciam o quanto ainda precisamos melhorar. No contexto sociopolítico, mais amplo, podemos nos perguntar: com que freqüência as necessidades femininas são levadas em conta na elaboração dos projetos de desenvolvimento dos governos? Com que freqüência as metas estipuladas são atingidas? No contexto político partidário, apesar da política de cotas, as mulheres ainda enfrentam muitas dificuldades para sustentar uma candidatura e alcançar resultados positivos. A maior parte da verba dos partidos é destinada ao financiamento de campanhas dos homens”.

E mais, de acordo com Gláucia: “No mundo do trabalho, ocorre um fenômeno mundial: muitas mulheres têm nível educacional equivalente ou superior ao dos homens, mas continuam a ganhar menos que eles no exercício de funções idênticas. Alguém poderia retrucar que existem mulheres que ganham muito mais do que homens, mas elas são a exceção, e não a regra. Mulheres têm mais dificuldades de acesso aos cargos mais altos (gerência, direção) e também de conseguir promoções, tanto nas organizações públicas quanto nas privadas. Sem falar no assédio sexual, que é um fator que prejudica tanto a saúde mental quanto o desempenho profissional da mulher”.

A entrevista foi feita por César Munhoz, com a colaboração de Camila Souza. Vale a pena ler o material na íntegra. Vamos repetir o endereço eletrônico e basta apenas clicar: http://www.educacional.com.br/alunoreporter/entrevistanacional.asp?idARMateria=16