terça-feira, 20 de março de 2012

Curtíssimas – Sobre desemprego e informalidade

Um fardo tucano

As campanhas eleitorais no Norte do Paraná, principalmente em Londrina, são pontuadas com uma grave acusação aos candidatos tucanos. E com justa razão. Difundem os opositores que o tucanato nacional, na época de Fernando Henrique Cardoso, tentou acabar com muitas das garantias trabalhistas. Isso foi tentado com bicadas na Consolidação das Leis do Trabalho.

Muito antes

Na verdade a tentativa de desonerar o patronato veio de antes. O outro Fernando, aquele, Collor de Melo, inventou o neoliberalismo tupiniquim. Inspirado em bons modelos de potências européias, mas fadado ao fracasso por causa dos jeitinhos brasileiros, em que a corrupção não ficou de fora. Deu no que deu.

E depois o outro

Já na fase petista o modelo sindicalista para evitar fechamento de postos de trabalho foi regulamentado. Criaram o banco de horas que faz o trabalhador permanecer na ativa quando o patrão quer e dá folga quando o empregado não precisa. Nessa discussão sobre o prolongamento da jornada de trabalho nunca se discutiu seriamente o banco de horas. Com pagamento de horas extraordinárias muita gente ia aceitar jornada estendida. Com banco de horas só ganha o empregador.

E agora

Um tucano é o autor do projeto que resultou no MEI, o Micro Empreendedor Individual. Tinha que ser feito alguma coisa, pois o desemprego tirou muita gente da População Economicamente Ativa (PEA) do Mercado de Trabalho. Mas não resolve, embora o acesso aos financiamentos e a própria instituição da regularização da atividade estejam claras na lei. Parece mais um jeitinho brasileiro.

E o desemprego

Continua em alta. Alguns índices oficiais ou patrocinados pelo poder público tentam mostrar o contrário. Em alguns setores é possível que sobrem vagas. Mas digamos: em alguns setores.

Assim sendo

Persiste a batida do martelo num ponto que sempre pressionamos: só mentem e tentam nos conformar com medidas paliativas porque somos calados. 

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