Um fardo tucano
As campanhas eleitorais no Norte do Paraná, principalmente em Londrina, são pontuadas com uma grave acusação aos candidatos tucanos. E com justa razão. Difundem os opositores que o tucanato nacional, na época de Fernando Henrique Cardoso, tentou acabar com muitas das garantias trabalhistas. Isso foi tentado com bicadas na Consolidação das Leis do Trabalho.
Muito antes
Na verdade a tentativa de desonerar o patronato veio de antes. O outro Fernando, aquele, Collor de Melo, inventou o neoliberalismo tupiniquim. Inspirado em bons modelos de potências européias, mas fadado ao fracasso por causa dos jeitinhos brasileiros, em que a corrupção não ficou de fora. Deu no que deu.
E depois o outro
Já na fase petista o modelo sindicalista para evitar fechamento de postos de trabalho foi regulamentado. Criaram o banco de horas que faz o trabalhador permanecer na ativa quando o patrão quer e dá folga quando o empregado não precisa. Nessa discussão sobre o prolongamento da jornada de trabalho nunca se discutiu seriamente o banco de horas. Com pagamento de horas extraordinárias muita gente ia aceitar jornada estendida. Com banco de horas só ganha o empregador.
E agora
Um tucano é o autor do projeto que resultou no MEI, o Micro Empreendedor Individual. Tinha que ser feito alguma coisa, pois o desemprego tirou muita gente da População Economicamente Ativa (PEA) do Mercado de Trabalho. Mas não resolve, embora o acesso aos financiamentos e a própria instituição da regularização da atividade estejam claras na lei. Parece mais um jeitinho brasileiro.
E o desemprego
Continua em alta. Alguns índices oficiais ou patrocinados pelo poder público tentam mostrar o contrário. Em alguns setores é possível que sobrem vagas. Mas digamos: em alguns setores.
Assim sendo
Persiste a batida do martelo num ponto que sempre pressionamos: só mentem e tentam nos conformar com medidas paliativas porque somos calados.
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