quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Anita Garibaldi, a Heroína dos Dois Mundos

Ana Maria de Jesus Ribeiro, uma mulher que nasceu em Laguna, Estado de Santa Catarina, no dia 30 de agosto de 1821, ficou na história como Anita Garibaldi, uma das mulheres mais fortes e corajosas da época em que viveu. Anita morreu ainda jovem, na Itália, no dia 4 de agosto de 1849.

Descendente de portugueses que vieram dos Açores, Ana Maria tinha apenas 14 anos quando casou com Manuel Duarte de Aguiar. Três anos depois o marido ingressou no exército imperial e abandonou a esposa, que pediu o desquite e retornou à casa da mãe.

Foi quando ela conheceu o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi durante a Guerra dos Farrapos (Revolução Farroupilha).

Apaixonada, casou-se com Giuseppe, com quem teve quatro filhos. O casal passou a andar de cavalos e lutar em guerras pelo exército republicano, sem ter moradia fixa. Anita e Giuseppe combateram em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Itália.

Ela foi feita prisioneira no início de 1840 na batalha de Curitibanos. Mas convenceu o comandante do exército imperial a deixá-la sair para procurar o cadáver do marido. Aproveitou a distração dos guardas para tomar um cavalo e fugir. Atravessou a cavalo o Rio Pelotas e chegou ao Rio Grande do Sul, onde encontrou Giuseppe em Vacaria. No mesmo ano o exército imperial cercou a casa de Anita e Giuseppe, que conseguiram fugir. Anita fugiu a cavalo com um filho recém-nascido nos braços e alcançou um bosque, onde permaneceu quatro dias até Giuseppe encontrá-la.

Após viver sete anos no Uruguai, a família foi para a Itália, em 1847. Dois anos depois testemunhou a proclamação da República Romana. Porém veio a invasão franco-austríaca de Roma, que obrigou Anita e Giuseppe a abandonarem a cidade.

Giuseppe foi perseguido por exércitos franceses, espanhóis e italianos com quarenta mil soldados, além do exército austríaco com quinze mil soldados que o esperavam ao norte. Grávida do quinto filho, Anita acompanhou o marido e enfrentou tudo até o fim.

Com febre e perseguida pelo exército austríaco, foi transportada às pressas à fazenda Guiccioli, perto de Ravenna. Morreu no parto junto com a criança. Por ter lutado em dois continentes ficou conhecida como A Heroína dos Dois Mundos.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Olhar o passado para extrair exemplos

Quem já ouviu falar numa mulher chamada Bertha? Um, dois, três, quatro e cinco. Se este nome não lembra nada, é melhor ler um resumo da importância que Bertha teve na política brasileira.


Os dados são extraídos do "Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até a Atualidade", coordenação de Schuma Schumaher e Érico Vital Brazil, da Jorge Zahar Editor. Também recorremos a alguns sites, principalmente o http://www.redegoverno.gov.br/mulhergoverno/ e o http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI908138-EI1377,00.html.

Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo no dia 2 de agosto de 1894 e faleceu em 1976. É filha da enfermeira inglesa Amy Fowler e do cientista e pioneiro da medicina tropical Adolfo Lutz.

E daí? Bertha é uma das pioneiras da luta pelo voto feminino e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no Brasil.

Sua luta começou em 1918, quando publicou na "Revista da Semana", do dia 14 de dezembro, uma carta denunciando o tratamento dado ao sexo feminino. Na oportunidade, Bertha propôs a formação de uma associação de mulheres.

Em 1919, junto com outras mulheres, entre as quais Maria Lacerda de Moura, criou a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que resultou depois na Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).

Bertha foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro, ao ser aprovada em concurso do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Lembramos que a primeira foi Maria José Rabelo Castro Mendes, admitida em 1918 no Itamaraty.

Em 1922, Bertha representou as brasileiras na assembléia-geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, quando foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana.

Mas só dez anos depois o direito de voto feminino foi estabelecido por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas. Em 1936, Bertha assumiu o mandato de deputada federal na vaga deixada pelo titular, Cândido Mendes.

Como parlamentar, defendeu a mudança da legislação referente ao trabalho da mulher e dos menores de idade, propondo a igualdade salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, que era de 13 horas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Maria da Penha, uma história de luta e vitória


Maria da Penha Maia Fernandes, uma farmacêutica do Ceará, era apenas uma vítima da violência no ambiente mais inesperado, o próprio lar, praticada por quem menos se espera: o companheiro, marido ou namorado. Essa cearense mudou a sua história e a de muitas mulheres brasileiras e hoje dá nome à lei que protege as mulheres contra a violência. Extraímos um pouco dessa história do site www.mariadapenha.org.br, com o pedido de perdão pelo uso do texto:

“Em 1983, Maria da Penha recebeu um tiro de seu marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, professor universitário, enquanto dormia. Como seqüela, perdeu os movimentos das pernas e se viu presa em uma cadeira de rodas. Seu marido tentou acobertar o crime, afirmando que o disparo havia sido cometido por um ladrão.

Após um longo período no hospital, a farmacêutica retornou para casa, onde seu marido a manteve presa, iniciando-se uma série de agressões. Uma nova tentativa de assassinato, desta vez por eletrocução, a levou a buscar ajuda da família. Com uma autorização judicial, conseguiu deixar a casa em companhia das três filhas. Maria da Penha ficou paraplégica.

Em 1984, Maria da Penha iniciou uma longa jornada em busca de justiça e segurança. Sete anos depois, seu marido foi a júri, sendo condenado a 15 anos de prisão. A defesa apelou da sentença e, no ano seguinte, a condenação foi anulada. Um novo julgamento foi realizado em 1996 e uma condenação de 10 anos foi-lhe aplicada. Porém, o marido de Maria da Penha ficou preso por apenas dois anos, em regime fechado.

Por isso, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), juntamente com a vítima Maria da Penha, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), Órgão Internacional responsável pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação de acordos internacionais.

Paralelamente, iniciou-se um longo processo de discussão através de proposta elaborada por um Consórcio de Ongs. A repercussão do caso foi elevada a nível internacional. Após reformulação efetuada por meio de um grupo de trabalho interministerial, coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, a proposta foi encaminhada para o Congresso Nacional.

Transformada a proposta em Projeto de Lei, realizaram-se em 2005 inúmeras audiências públicas em Assembléias Legislativas das cinco Regiões do País, contando com a intensa participação de entidades da sociedade civil.

O resultando foi a confecção de um “substitutivo” acordado entre a relatoria do projeto, o Consórcio das Ongs e o Executivo Federal, que resultou na sua aprovação no Congresso Nacional, por unanimidade.

Assim, a Lei nº 11.340 foi sancionada pelo Presidente da República em 0 de agosto de 2006 e está em vigor desde 22 de setembro de 2006.”

sábado, 27 de agosto de 2011

Reportagem - Mulheres bordam suas histórias


(texto produzido em publicado em 2009)

A vida se abriu feito um leque para Dona Rosa, 64 anos, uma moradora do Conjunto Habitacional São Lourenço, bairro da Zona Sul de Londrina. Ela não ganhou um prêmio milionário de loteria e também não foi contemplada com uma aposentadoria extraordinária. Dona Rosa, mãe de quatro filhos e avó de quatro crianças, ingressou há cerca de um ano e meio num grupo de mulheres da região que busca soluções de melhorias para o cotidiano das famílias do lugar.

A espera pela oportunidade de uma vida comunitária durou mais de seis décadas. Cabelos grisalhos na altura dos ombros, Dona Rosa distribui sorrisos e simpatia quando conta que antes de deixar o seu último emprego de doméstica nada podia fazer além das tarefas de casa nos horários de folga. Ela deixou de trabalhar há dois anos, depois de uma rotina de labuta diária iniciada quando criança, em uma propriedade rural de Apucarana, município do Norte do Paraná.

Nem a mudança para a cidade e tampouco o casamento a liberaram do trabalho. Sem qualificação, Dona Rosa ocupou-se de ser empregada doméstica. Limpava a casa de outras famílias de segunda-feira até sábado, numa jornada que se iniciava às 7 horas, no ponto de ônibus do bairro pobre e sem asfalto onde mora até hoje, até um dos conglomerados mais nobres da região central de Londrina, o Jardim Quebec. O retorno para casa se dava por volta das 19 horas. Só então ela se entregava às emergências de sua moradia simples, muito diferente dos sobrados da localidade onde passava o dia.

Na tarde de uma quarta-feira, Dona Rosa cumpriu um compromisso diferente da rotina de dois anos atrás. Ela passou o período em companhia de outras mulheres da região na Biblioteca Virtual do Jardim Franciscato, bairro vizinho ao São Lourenço. Integrante de um curso de bordados, Dona Rosa usou sua habilidade com as agulhas e as linhas e somou tudo com a criatividade que aprendeu a colocar em prática desde que trocou as paredes de sua casa pelo prédio de um centro comunitário.

Bordou toalhas e exibiu, com indisfarçável orgulho, uma blusa de lã que custou no varejo cerca de R$ 40, mas com as flores confecciondas e aplicadas por ela pode ser revendida por até R$ 80. Dona Rosa já tem encomendas que devem garantir um substituto para o salário de doméstica, pois a aposentadoria não veio, por culpa de anos trabalhados nas casas alheias sem o registro na carteira do trabalhador.

Engana-se, porém, quem imagina que as cerca de 20 mulheres que repartem o espaço com Dona Rosa apenas bordam ou tricotam toalhas e peças do vestuário. O projeto comunitário tem um objetivo muito claro. Ensinar e estimular habilidades manuais é apenas uma parte. Mantida pela Associação das Mulheres Batalhadoras do Jardim Franciscato, a atividade é uma forma de proporcionar às participantes uma alternativa para melhorar a renda familiar e, ao mesmo tempo, conscientizá-las sobre as questões em torno de suas comunidades.

Há cerca de dois meses, a entidade incentivou a comunidade a acordar cedo. Num entroncamento próximo ao terminal de transporte coletivo da região um piquete foi formado pelos moradores, em protesto à alteração do trajeto de uma linha de ônibus. Horas depois a empresa concessionária retornou ao percurso anterior. Num sábado a Biblioteca Virtual sediou uma “Tarde de auto-estima”, nome dado ao evento que reuniu mulheres que sofrem violência doméstica.

Questões coletivas, como asfalto, trânsito, energia elétrica, água, esgoto, saúde, escola e segurança, costumam ser solucionadas pelo poder público só depois das pressões feitas pelas mulheres batalhadoras do Franciscato. Dona Rosa, enquanto borda suas blusas, mantém com as companheiras do grupo diálogos que nem de longe incluem os capítulos das novelas. Os temas são os assuntos que preocupam a comunidade.

Essa dedicação pelo coletivo começou de uma maneira extrema e constrangedora em 1982. Personagem de um trama de discriminação e preconceito, uma outra mulher participante do grupo, a mineira Rosalina Batista, hoje com 62 anos de idade, era uma das moradoras do Jardim Franciscato, na época um loteamento sem a infraestrutura necessária e estigmatizada pela onda de violência. Habitada em sua maioria por pessoas que vieram da zona rural, como era o caso da família de Rosalina Batista, o loteamento, localizado na periferia de Londrina, era também moradia de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas.

Magra, de baixa estatura e olhar firme, atrás dos aros redondos dos óculos, Rosalina havia enfrentado o inferno com seus pais e irmãos no Vale do Jequitinhonha, em Minas, trabalhando como meeiro em uma propriedade rural. A vinda para Londrina ocorreu pouco antes da revolução de 31 de março de 1964, que resultou no regime militar. Meses depois, o pai de Rosalina, Pedro Teixeira da Cruz, foi presos e detido por 55 dias por ter participado de uma reunião de trabalhadores rurais, cujo objetivo era de pedir aos patrões melhores condições de trabalho.

Os primeiros anos no Norte do Paraná foram também de sofrimento. Moradores de um sítio no então Distrito de Tamarana, hoje município vizinho de Londrina, a família foi vítima de exploração da mão de obra trabalhando nas lavouras de café. De Tamarana foram para outras propriedades rurais e numa delas, conforme lembra Rosalina Batista, os patrões permitiam que os empregados se reunissem num galpão, à noite, para assistir novela da televisão.

Nessa propriedade a família conseguiu ajuntar economias. Já casada, Rosalina Batista pegou a sua parte e comprou um lote no Franciscato, pois na área urbana de Londrina teria melhores condições para o estudo dos filhos. Nos primeiros tempos trabalhou como bóia fria, na roça. Depois se empregou como diarista.

Num dia de sol forte do verão londrinense, Rosalina chegou ao trabalho e foi demitida. A patroa justificou que não era conveniente manter como empregada doméstica uma pessoa que morava num bairro violento da Zona Sul. A mineira fez trecho do retorno para casa a pé, entre soluços e lágrimas que dificultavam o andar.

Após o pranto contido, decidiu que algo teria que ser feito não só por ela e por sua família, mas também por seus vizinhos. Estes tinham dificuldades de se empregar nas casas comerciais do centro da cidade por morarem no Franciscato. Alguns moradores emprestavam endereços de outros bairros, de conhecidos, para conseguir aprovar compras no crediário.

Quase dez anos depois, no dia 19 de dezembro de 1991, Rosalina se juntou a outras seis mulheres – Neuci, Lurdes, Cida, Dilva, Fátima e Neide – e fundou o então Clube de Mulheres Batalhadoras do Jardim Franciscato, que hoje é uma associação. Uma das primeiras iniciativas da entidade foi a implantação na comunidade do curso de alfabetização de adultos. Paralelamente as mulheres batalhadoras brigavam por direitos às condições básicas de higiene e saúde, transporte adequado, segurança e cursos de aprendizagem profissional.

Em 1997, o nome da mulher que foi discriminada por morar num bairro pobre e com alto índice de violência ultrapassava fronteiras. Ela foi convidada a participar de um congresso internacional em Miami, nos Estados Unidos, cujo tema foi o desenvolvimento de lideranças comunitárias. Naquela ocasião, Rosalina foi provocada pelos organizadores a apresentar um projeto de novas tecnologias para ser desenvolvidos em comunidades. Cerca de oitocentos projetos foram inscritos. A de dona Rosalina, da construção da Biblioteca Virtual, foi o vencedor. O prêmio, oferecido pela Fundação Kellog’s, foi de 50 mil dólares.

Desde então Rosalina Batista já participou de oito eventos internacionais, fora os congressos e as conferências da qual fez parte, como convidada de destaque, em Brasília, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e outros estados brasileiros.
Na área da saúde, Rosalina Batista é representante dos usuários no Conselho Municipal de Saúde de Londrina e do Conselho Estadual de Saúde do Paraná. A mineira também é conselheira da mulher de Londrina.

Dias antes, ela ocupara as galerias da Câmara Municipal de Londrina, numa sessão que debateu o pedido de aumento, pelas empresas concessionárias, da tarifa do transporte coletivo urbano. Rosalina se acomodou num canto discreto, mas foi percebida pela maioria dos 21 vereadores. Em silêncio, ela se manteve atenta aos acontecimentos, mas decidiu não se pronunciar sobre o problema. Calada, a mineira criou constrangimento nos políticos, que trataram a questão com mais seriedade.

A Associação das Mulheres Batalhadoras do Jardim Franciscato enfrenta problema de caixa, pois os cursos oferecidos pela entidade são gratuitos. O fornecimento de água na Biblioteca Virtual, onde as atividades são realizadas, pode ser cortado a qualquer hora, pois quatro faturas mensais deixaram de ser pagas. O telefone foi cortado e a internet deixou de funcionar. Ladrões arrombaram os prédios e levaram os computadores.

Mineira, Rosalina Batista não se rende. Continua, com a ajuda da comunidade, a ensinar as mulheres a bordar e tricotar um jeito novo de enxergar o mundo e de viver. Ela poderia se inspirar em exemplos negativos de outras entidades, que não vacilam em recorrer aos políticos para resolver problemas que nem sempre são coletivos. Mas diz que não mistura política social com política partidária.

Na foto, Rosalina Batista e a placa inaugural da Biblioteca Virtual

Destaque - Retrato noturno, trecho de Sou Cidadã

A Lua Cheia mostrou a sua cara vermelha esgueirando-se por entre as nuvens. Revelou-se por segundos e banhou-se nas águas sujas do córrego que corta o bairro humilde.

Estourou uma claridade opaca, muito longe do efeito do flash de uma câmera fotográfica, mas suficiente para denunciar o estado de carência dos moradores do lugar.

Algumas casas iluminaram os retalhos de madeira improvisadamente pregados nas paredes para tapar buracos e esconder intimidades. Entre as telhas de diferentes cores, com cada tonalidade estampando uma época de fabricação distinta, pedaços de lonas e madeirites, além de plásticos grossos e chapas de lata, formavam enormes colchas multicoloridas.

Os sons da madrugada trouxeram latidos de cães, roncos vazados de sonos intranquilos, gemidos de amor, gritos de desamor e o barulho infernal do cio dos gatos. Os ouvidos aguçados daquela gente nem na madrugada descansavam. Algumas das moradias nem chaves tinham ainda em suas portas.

Haveria provavelmente, no olhar ligeiro feito pela Lua, a descoberta de uma ou outra que, ainda em fase de construção, mas já com os seus moradores dentro, nem portas e janelas tinham.

A cortina aberta pelas nuvens também clareou os cortes de ruas. O piso úmido e endurecido tinha a cor da terra roxa após os períodos de chuva e antes da estiagem trazer a poeira.

Em algumas dessas ruas, entre os dois sucos formados pelas rodas dos carros e os quintais sem cercas e muros, desciam as valas levando o esgoto das casas.

Trecho do livro Sou Cidadã - Trajetória e Conquistas de uma Líder Comunitária, Rosalina Batista, lançado em 2010, com texto de Walter Ogama.