Em uma das notas, o repúdio da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) contra a decisão de um tribunal da Arábia Saudita de condenar uma mulher a receber dez chicotadas por ter desrespeitado a proibição de dirigir, determinada pelos religiosos daquele país.
Segundo a nota de repúdio da Comissão da Mulher, “a despeito de o rei saudita Abdullah ter revogado a sentença, é importante que toda a comunidade internacional se manifeste contra normas obscurantistas como essa”.
A conclusão: tanto lá quanto aqui. Com certeza as normas obscurantistas de lá, incluindo atrocidades também em outros países, devem ser combatidas com muita determinação pelo mundo.
Já aqui as atrocidades estão nos recintos fechados dos lares brasileiros, nas ruas, nas repartições públicas, nos ambientes de trabalho das empregadas domésticas, na falta de vagas em creches, no atendimento precário da saúde e assim por diante. É uma modalidade diferente de chicotada. Dói mas não deixa ferida exposta. Aliás, às vezes, no caso da violência física, resulta sim em graves escoriações tanto na pele quanto na alma.
O outro caso é o da jornalista francesa Tristane Banon, que acusou o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, de tentar estuprá-la em 2003. Na acareação realizada em Paris o ex-diretor disse que a jornalista mente e as acusações são imaginárias. A jornalista manteve a versão de que Strauss-Kahn tentou tirar sua roupa a força. O ex-diretor assumiu que tentou beijar a jornalista.
A conclusão: só o fato de tentar beijá-la escancara a perda da ética e do caráter diante do alto cargo que ele exercia. Diretor do FMI não deve ter sexo e nem idade. Não pode ser bonito ou feio. Nem é rico e nem é pobre. É o diretor do FMI. Fica o alerta também para alguns profissionais de jornalismo que confundem.