sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A saúde pública vista pelo contribuinte

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou esta semana resultado de pesquisa com os brasileiros sobre a saúde pública. Entre as conclusões: 96% rejeitam criação de novo imposto para a saúde; 61% reprovam o atendimento público; 55% reclama de demora no atendimento; 10% queixam-se da falta de equipamentos e unidades de saúde; 9% reclamam da falta de médicos; 82% exigem que o governo acabe com a corrupção para que sobrem recursos para a saúde; 53% pedem a redução de desperdícios; 18% sugerem a transferência de recursos de outras áreas para a saúde; 96% não concordam com um novo imposto para bancar o setor.

Feita em parceria com o Ibope, a pesquisa da CNI ouviu 2002 pessoas em 141 municípios no período de 16 e 20 de setembro do ano passado. Outra conclusão que deve ser levada em conta: 85% dos entrevistados disseram que a saúde não apresentou melhora nos últimos três anos. Pior ainda: 43% responderam que houve piora na saúde pública no período.

É bom lembrar que quando a pesquisa foi feita as notícias sobre a tentativa do governo federal de criar um novo imposto eram freqüentes. Podemos dizer que os resultados deste levantamento expõem, de forma clara, o entendimento da população brasileira em relação aos gastos do dinheiro público.

A corrupção, com capítulos novos e diferentes personagens faz parte deste entendimento. Os altos salários dos políticos e de alguns funcionários estatais é outro elemento que pesa. Diríamos, assim, que sabemos: se não há mais recursos para a saúde, não é pelo fato do dinheiro dos cofres públicos estar em baixa. É porque boa parte do que os contribuintes pagam em tributos é mal usado. Portanto, o governo que faça a sua faxina e acerte, paralelamente, o seu caixa.

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