sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Nós, os contribuintes, esquecemos da nossa força

Leitor na seção de cartas do jornal sugere tarifa de ônibus a um real! O governo diz que a universidade é de graça! Dilma divulga com estardalhaço o aumento de beneficiários do bolsa família! Sim, em minúsculo. Tudo isso é subsídio!

Na tarifa do ônibus as concessões e as permissões são claras. O subsídio é cobrado de um jeito ou outro pelas concessionárias ou permissionárias. O ensino superior público, assim com o médio e o fundamental, são serviços do governo nas suas diferentes esferas e há quem pague por isso: os contribuintes é que bancam.

E vamos ver até que ponto somos contribuintes. No pão o imposto recolhido é pago por nós. Não é o comerciante que assume esse custo. Ele repassa. Na tarifa do ônibus o imposto está na planilha. O dono da concessionária ou da permissionária apenas repassa. No litro do leite o valor do imposto está embutido no preço da mercadoria. Não é a cooperativa ou a indústria que assume esse custo.

E assim por diante, em todos os itens de consumo e de serviços. Ah, saúde e educação são deveres do Estado e diretos do povo. Verdade? Claro! Nós, contribuintes, é que bancamos essas atenções que, aliás, nunca chegam a nós como deveriam chegar.

E se o preço do feijão sobe por causa da chuva ou da estiagem, lá vem o governo com um plano para estimular o plantio na próxima safra. Às vezes com juros reduzidos, outras com benefícios que no Brasil só a agricultura merece. Isso custa para o governo? Não, custa para o contribuinte, que banca qualquer plano, programa ou projeto do governo. Inclusive os chamados planos emergenciais.

E o Minha Casa, Minha Vida? Que governo maravilhoso que nada. O financiamento habitacional no Brasil é pago pelo trabalhador. É o nosso Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço que levanta casas para populações de diferentes faixas econômicas.

Isso pode ser básico e repetitivo. Mas estamos em ano eleitoral e mesmo num pleito municipal é importante termos em mente que esta sociedade, como qualquer outra, é feita pelos cidadãos que pagam seus impostos.

Eles, os eleitos, são os responsáveis pelo gerenciamento desse dinheiro que passamos ao Estado ou ocupam funções de fiscalização e legislação para que o nosso dinheiro seja aplicado naquilo que interessa a todos.
E quem paga os altos salários dos parlamentares? Nós, os contribuintes. Inclusive as aposentadorias deles, que ao contrário das nossas nunca defasam. 

Este é um tipo de exercício importante para que sejamos conscientes na democracia: tudo o que é feito de bom é fruto do nosso trabalho; tudo o que é feito de ruim é por descuido nosso em relação à democracia. É conveniente assumir isso se queremos um Brasil melhor. 

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