Há pessoas que falam bem, mas não conseguem colocar no papel o que dizem com muita propriedade. Há aqueles que escrevem com talento, porém não tem a mesma capacidade quando precisam se expressar verbalmente.
Em ambas as situações, estamos considerando uma comunicação clara, concisa, objetiva, direta e fluente. Isso significa a mensagem exposta e compreendida do jeito que ela deve ser: sem margem de dúvida e sem possibilidade de dupla interpretação. Assimilável em todos os sentidos.
Ainda assim acreditamos que escrever é mais difícil do que falar. A fala permite correções instantâneas, esclarecimentos imediatos, reparações na seqüência oportuna e, enfim, com sabedoria é até possível num curto espaço de tempo desfazer constrangimentos causados por aquilo que foi dito no início do discurso.
A partir desta postagem tentaremos, respeitando intervalos necessários para a análise de assuntos emergenciais, conversar sobre a fala e a escrita necessárias no nosso cotidiano. Não se trata de uma aula de como falar e escrever. Vamos tratar de dicas que facilitem o falar e o escrever.
E é claro, esperamos a contribuição dos leitores deste blog. Precisamos de pessoas que nos ajudem com dicas ou com perguntas. Queremos, enfim, a interação com todos.
A primeira dica é básica: normalmente, fala bem e escreve bem a pessoa que lê. E não estamos falando de leitura complicada. Ler de revista de fofocas a notícias dos jornais. Ler sem pressa, refazendo a leitura de trechos que causaram duvidas, por exemplo. Ler o que está escrito na folhinha da oficina de carros. Ler almanaque de farmácia. Ler publicidade entregue nas ruas.
É preciso ler muito. Após cada leitura, procurem analisar se o que foi lido foi compreendido. Procurem, inclusive, verificar se encontraram algum erro de digitação, de concordância verbal, principalmente em relação ao singular ou ao plural. Por exemplo: a maioria dos estudantes fez a tarefa ou a maioria dos estudantes fizeram a tarefa?
Um erro muito frequenta é repetido por jornalistas e inclusive em anúncios publicitários que custam caros para as empresas: novo projeto, onde o prefeito fulano de tal altera o limite da lei da muralha... vejam que “onde” é lugar. Portanto, é errado o uso de onde na frase que improvisamos.
Vamos parar por aqui nesta abertura de proposta. No próximo artigo, vamos tentar escrever do jeito que falamos. É uma boa técnica para corrigirmos erros na fala e na escrita. É um exercício muito gostoso de ser feito. Até a próxima!
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