Patria, Minerva e Maria Teresa lutaram contra a ditadura na República Dominicana nos anos de 1950. Patria, embora fosse considerada menos ativista, emprestava sua casa para que os guerrilheiros que combatiam o governo de Rafael Trujillo guardassem no local armas e ferramentas. Minerva e Maria Teresa eram consideradas ativistas.
As três irmãs eram de uma família rural abastada que perdeu a maior parte da fortuna quando Trujillo assumiu o governo. Pouco depois elas ingressaram num grupo de oposição ao governo denominado 14 de junho agrupamento político.
Minerva e Maria Teresa foram presas e torturadas por várias vezes. Em algumas delas, foram inclusive estupradas. No dia 25 de novembro de 1960, fora da prisão e pegas numa espécie de cilada, Las Mariposas sofreram espancamento até a morte.
Em 1981, durante o 1º Encontro Feminista Latino Americano e Caribenho realizado em Bogotá, na Colômbia, a data da morte das três irmãs foi transformada em Dia de Luta Contra a Violência à Mulher em todo o continente latino americano e no Caribe.
Anos mais tarde, em 1999, a Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) declarou a data como Dia Internacional pela Eliminação da Violência às Mulheres.
Neste nosso universo mais próximo, vamos lembrar a data como um marco. A violência ocorre de várias formas e em locais onde supomos que ela não existe. A violência está na discriminação da mulher no trabalho. Está no desrespeito de alguns homens e filhos com a mulher e mãe, em casa.
A falta de oportunidade e de renda também é uma forma de violência. A insensibilidade, a falta de creche para seus filhos, o péssimo atendimento na saúde também são violências. E a omissão em relação aos casos de violência à mulher é um pouco caso tão nocivo quanto a violência.
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