quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Escrever do jeito que fala dá um bom texto

Vamos ao prólogo: isto não é uma lição. São dicas. E a nossa intenção é fazer, em pouco tempo, toda a comunidade abrangida pela Associação de Mulheres Batalhadoras do Jardim Franciscato participante deste blog com idéias, pensamentos, sugestões, reivindicações ao poder público e, enfim, a troca de idéias sobre assuntos importantes à coletividade.

Dissemos na postagem anterior que a leitura é fundamental para a fala e a escrita. Reforçamos. Sabem por que? Porque lendo se adquire conhecimento. Com conhecimento se fala e se escreve com domínio do assunto. Portanto, continuem lendo muito, de gibis a colunas sociais dos jornais, mesmo que corramos o risco de encontrar no colunismo as mesmas pessoas colunáveis todos os dias. Nesse caso a leitura serve justamente para saber que coluna social, em alguns jornais, é uma sessão pouco confiável. Pagou saiu, com foto e textinho besta.

A foto do ex-presidente Lula, sem cabelos, vai servir para o nosso exemplo de agora. Aliás, nesta quinta-feira, dia 17 de novembro de 2011, o nosso ex ganhou destaque em todos os jornais. Sabemos que ele está com câncer na laringe e a quimioterapia fatalmente o deixará sem cabelos. Antes que os cabelos caíssem Lula tratou de raspá-los, fazendo o mesmo com a barba.

Qual seriam as nossas primeiras palavras ao ver a foto? Diriamos que o Lula está careca. Vamos escrever de um jeito mais delicado? “O Lula está sem cabelos.” E quem é o Lula? Diríamos que o Lula foi o presidente de antes. De um jeito mais refinado podemos escrever: “O ex-presidente Lula está sem cabelos”.
E por que o ex-presidente Lula está sem cabelos? Com as informações que já temos sobre o câncer na laringe e sobre a quimioterapia, diríamos: “O ex-presidente Lula está sem cabelos por causa da quimioterapia para tratar o câncer na laringe”.

E se quisermos aprofundar, vamos continuar aproveitando o nosso jeito de falar na escrita. Por exemplo, diríamos: “Mas Lula ainda não estava careca. Ele pediu para raspar a cabeça porque sabe que a quimioterapia deixa qualquer pessoa careca”.

Para refinar, escreveríamos: “Lula já começou a quimioterapia mas não tinha perdido cabelos. Mas resolveu cortá-los antes que eles caíssem”.

Vejam que a formação destas últimas frases é mais complexa. Mas a partir da arrancada no texto as idéias começam a ficar claras, o que facilita o ato de escrever. Vamos trabalhar este exercício mais vezes nas postagens futuras.

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