quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Números são necessários para subsidiar programas

Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo na terça-feira, dia 25 de outubro de 2011, trazem números alarmantes sobre a agressão de mulheres naquele Estado. De acordo com reportagem sobre o tema publicada no jornal o Estado de S.Paulo, edição de 26 de outubro de 2011, página C1, “oito mulheres são agredidas por hora em São Paulo e registram boletim de ocorrência de lesão corporal nas delegacias do Estado”.

A reportagem acrescenta que nos últimos nove meses 5.844 mulheres foram agredidas e desse total 62% dos casos ocorreram fora da capital. A divulgação destes dados é em cumprimento à Lei Estadual 14.545, aprovada pela Assembléia Legislativa e sancionada pelo Governo de São Paulo no dia 14 de setembro deste ano. Desta forma, São Paulo a passa a dispor de informações exatas sobre os tipos de ocorrências que chegam às delegacias de polícia.

Em relação à violência contra a mulher, a indisponibilidade de dados torna-se aliado de sua prática. Tem-se a considerar que, provavelmente, o número de casos seja muito superior ao dos registros em boletim de ocorrência, pois muitas das vítimas ainda se sentem inseguras de denunciar seus agressores.

Mas só aqui, com a divulgação, já há um importante avanço: estas que se calam fortalecerão que não são casos isolados, que se acontece com elas pode estar acontecendo em outros locais e com outras mulheres.

Mais importante que isso, porém, é o fato dos números possibilitarem políticas públicas e ações de entidades em focos que podem ser desconhecidos quando a estatística não existe. Leis como a aprovada no Estado de São Paulo devem, portanto, serem copiadas em outras unidades da Federação.

Em relação aos deputados estaduais paranaenses, cabe, portanto, o puxão de orelhas bem dado para que dispensem parte de seus tempos às causas que afligem a sociedade, uma vez que pelos balanços que se apresentam eles apenas se brigam entre si visando as próximas eleições. 

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