sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A luta dos professores é a luta da comunidade

Comemora-se neste 15 de outubro o Dia do Professor. E neste caso não se trata apenas de uma data. Ser professor é uma missão. Temos plena consciência que na atualidade o exercício desta profissão sofre com inúmeras causas.

Dentre elas a pouca valorização da categoria, as péssimas condições de trabalho, a impossibilidade de reciclagem das pessoas que trabalham na área e também a violência em algumas comunidades.

São fatores que interferem diretamente na atuação do professor, pois estão presentes no cotidiano dos moradores da maioria dos bairros com populações de menor renda. Nestas localidades as escolas públicas são as opções de matrículas.

Aliás, é muito mais que opção. A escola pública é uma obrigação do poder público e um direito do cidadão. Municípios, estados e também o Governo Federal devem proporcionar a todos estabelecimentos de ensino em boas condições, com os equipamentos necessários e um quadro de pessoal de primeira categoria.

Isso vale para o ensino básico, o fundamental, o médio e o superior. A escola privada, esta sim, seria a opção para quem procura mais do que o ensino público pode oferecer. E pelo que consta na Constituição Federal, este mais a que nos referimos deve ser em atividades que extrapolam o pedagógico, pois parte-se do princípio que quando a meta é ensinar as metodologias não podem ter diferenças entre o público e o privado.

Verdade que isto é quase utopia em algumas localidades. Mas verdade também que, às vezes, relaxamos e consequentemente dispensamos pouca atenção ao que nos é de direito. E deixamos professores, coordenadores, diretores, funcionários, alunos e pais sozinhos nas lutas por causas justas.

O nosso grito modesto neste momento, junto com um abraço solidário a todos os profissionais do ensino, é para que as comunidades passem a olhar suas escolas como um tesouro que deve receber atenção especial das autoridades, inclusive na questão da segurança, para evitar que alguns vândalos ajam contras seus próprios vizinhos. E isso se faz cobrando as autoridades.

E que o poder público demonstre na prática o seu reconhecimento aos professores, valorizando-os e proporcionando condições para que eles se reciclem e possam crescer cada vez mais na sua atividade.


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