segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Consciência é a nossa arma mais poderosa

Este 17 de outubro é o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na hipótese mais positivista, cabe-nos um leve suspiro de alívio ao supormos que pelo menos no campo das discussões a eliminação da miséria no mundo merece um evento. Mas é aqui que os sinais de alerta devem ser ligados, uma vez que palavras somente são insuficientes para ao menos reduzir o sofrimento de milhões de pessoas.

Claro, as idéias, as propostas, os projetos como também os acordos internacionais para reverter o quadro envolvem quase 200 países e ganham força e consistência a cada ano. Ainda assim os números são alarmantes. Mais preocupantes são os efeitos da crise econômica mundial, com rastros profundos atualmente na Europa e abalos nas grandes potências. O que diremos nós, que vivemos em países em desenvolvimento?

O Fundo de População das Nações Unidas prevê para este mês de outubro de 2011 o nascimento do habitante de número 7 bilhões do Planeta, provavelmente no Continente Asiático e, de acordo com as estimativas que consideram a região do mundo onde esta criança nascerá, será ela um menino.

Digamos que este novo habitante da Terra já tenha nascido ou esteja bem próximo de dar o seu primeiro choro. Gostaríamos de dar-lhe as boas-vindas e na impossibilidade de o fazermos, temos que ao menos torcer para que ele não esteja na faixa da população em situação de pobreza. Dos 7 bilhões de habitantes da Terra, os dados mais atualizados são de que pelo menos 25% deles são pobres em condições extremas. Seriam cerca de 1 bilhão e 800 milhões de pessoas no mundo em quase miséria.

O Brasil de Lula gabou-se de ter reduzido a pobreza ao chegar perto das metas estabelecidas nos acordos internacionais na luta contra a diminuição da miséria. O Brasil de Dilma atualiza os números do Brasil de Lula para dizer que a luta continua. No entanto, ainda temos cerca de 16 milhões e 500 mil brasileiros em situação de pobreza extrema, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desses quase 17 milhões de brasileiros na miséria, perto de 11 milhões estão sobrevivendo com uma renda per capita de, no máximo, 70 reais por mês. O restante, quase 6 milhões de brasileiros, não tem nenhuma renda. Ou seja, estão absolutamente excluídos. Além da renda per capita, o IBGE inclui entre os brasileiros na pobreza as pessoas que não tem banheiros em casa, não tem acesso à rede de esgoto, não tem água e nem energia elétrica.

São situações visíveis perto de nossas casas, onde os bolsões de miséria, contrariando os números oficiais, crescem da noite para o dia. De nossa parte, como cidadãos, cabe-nos assumir o nosso papel e sermos realmente cidadãos na hora de votar e, depois de eleitos os nossos vereadores, os nossos prefeitos, os nossos deputados estaduais, os nossos governadores, os nossos deputados federais, os nossos senadores e o nosso presidente, sermos cidadãos levantando a nossa voz contra desmandos, desgovernos, tráfico de influência e defesa de interesses restritos em causas de minorias.

A pobreza não é problema só da pessoa mais pobre do que a gente. A pobreza atinge a todos nós com custos sociais e beneficiários que dão votos para alguns privilegiados do mundo da política e seus protegidos.

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