segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pé no chão para o carnaval não ter cinzas

O ano de 2011 chega ao fim com os preços dos produtos básicos de alimentação, higiene e limpeza pesando no orçamento doméstico. A ceia do Natal, por exemplo, foi com carne cara. E se houve um cafezinho na chegada da manhã, este, na ponta do lápis, foi menos doce devido ao custo dos ingredientes que se põe à mesa. Leite, manteiga, margarida e o próprio pó de café estão mais caros.

Alguns destes produtos eram encontrado com preços promocionais até duas semanas antes do Natal. Comprava-se o leite longa vida em alguns estabelecimentos até por R$ 1,37. Encontrava-se também o pacote de café de 500 gramas, de marca razoável, por menos de R$ 5,00. Agora a mesma marca está quase por R$ 6,00. O próprio panetone, que era encontrado em embalagem sache por R$ 3,99, passou para mais de R$ 4,00 às vésperas do Natal.

Refrigerantes tornaram-se intragáveis. As marcas mais conhecidas não perdoaram. Acertaram os consumidores com elevações significativas. Outro produtos necessários à higiene e à limpeza ainda oferecem à possibilidade de promoções. O mercado, na verdade, pegou o consumidor pela barriga. Fome e sede fizeram os compradores aceitar passivamente os aumentos, item por item, que somaram mais despesas e, pior, uma escalada inflacionária que só os indicadores oficiais negam.

Tomate não dá mais uma salada. Virou produto de luxo. A melancia, quando tem preço do quilo lá embaixo, nem compensa levar para casa. Metade da fruta está passada e metade não chegou ao ponto. Mas quem a compra inteira normalmente desiste do direito de retornar ao estabelecimento para mostrar que comprou gato por lebre. E o único a ter prejuízo é o consumidor.

É provável que esta situação seja mantida nestes dias que antecedem a festa do Ano Novo. Gêneros alimentícios não terão preços promocionais. É o contrário do que acontece com as lojas de confecções, brinquedos, móveis e eletrodomésticos, que já anunciam vendas a preço de custo para o que sobrou do Natal.

O certo é abrirmos os olhos: estamos pagando mais com salário de menos. Há uma crise mundial cujos efeitos por aqui são negados pelas autoridades econômicas brasileiras. De acordo com elas, tudo vai bem. Mas temos que ficar atentos, pois o carnaval pode ser de cinzas se considerarmos que não temos conhecimento de nenhum plano de enfrentamento daquilo que populações de outros países do planeta estão passando. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTE: