Roupas brancas, pulinhos, uvas, limpeza da casa de trás para frente e outras receitas de sorte na virada do ano são critérios de cada pessoa. E apostem: se feito com convicção vai dar certo. Ou, no mínimo, dota quem pratica de tanta fé e certeza que acaba acontecendo.
Mas há fatos e situações que independem de crenças e superstições. Dezembro chega ao fim e não poupa o rastro deixado por pretendentes a cargos públicos eleitorais. É esse rastro que invade janeiro, chegando a 2012 junto com os primeiros raios de sol que baterem no novo ano.
Nisso não há crença e nem superstição. Vale somente a certeza. E nem sempre esta certeza diz respeito aos homens que disputam vagas nas prefeituras e nas câmaras de vereadores. Vale, sim, a certeza na democracia.
Isso significa conhecer, em primeiro lugar, todas as possibilidades do cidadão diante de um sistema político vigente. A nossa democracia é representativa. Ou seja, votamos nas pessoas que devem nos representar nas diferentes esferas do poder. Este é apenas um passinho miúdo da democracia representativa.
Exatamente. Deve ficar claro que o ato de votar não encerra a nossa participação na política. Da mesma forma, o cidadão que vive sob este sistema não precisa ter algum cargo para pode participar da política.
Os recentes canais de transparência, como as páginas de prefeituras, governo do Estado, Presidência da República e órgãos diretos das três esferas são apenas ferramentas de fiscalização dos atos e dos recursos do dinheiro do povo que entram nos cofres públicos.
Outros canais, como conselhos municipais e fóruns, nem sempre são confiáveis devido à manipulação do poder público em detrimento das boas intenções dos representantes da sociedade civil.
É, portanto, nas câmaras de vereadores que devemos, como cidadãos, abrir os nossos meios para sugestões, críticas e cobranças. As eleições de 2012 escolhem os vereadores da próxima legislatura. É com eles, que a partir de janeiro vão se declarar candidatos, que temos que impor as nossas condições.
E se houver certeza de que eles serão nossos representantes em todos os momentos, e não só naqueles que precisam de nós, então poderemos iniciar uma nova forma de participação nessa democracia que dispomos.
Isso é certo: fazer valer os nossos direitos não depende deles. Depende única e exclusivamente de nós.
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