quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os números não negam: temos muito a cobrar

Os jornais destacam nesta quinta-feira, dia 22 de dezembro, às vésperas do Natal, matérias produzidas a partir de números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as condições habitacionais de quase 12 milhões de brasileiros. Os dados são de levantamentos realizados em 2010, mas considerando que nada melhorou nestes últimos onze meses e alguns dias, com a preocupação de que algumas condições tenham se agravado, apesar do programa governamental Minha Casa, Minha Vida, podemos ter o relatório como atualizado.

No Brasil, de acordo com o IBGE, seis por cento da população vivem em moradias precárias. No Paraná são cerca de 217 mil pessoas nestas condições habitacionais. São favelas, palafitas e outros tipos de assentamentos irregulares. Infelizmente o levantamento exclui cidades onde são nitidez a precariedade das habitações em alguns conglomerados. É o caso de Londrina, que não consta do relatório do IBGE embora a sua proporcional populacional tenha sido considerada.

Ao retornar aos números nacionais temos que foram identificados 6.329 conglomerados considerados subnormais no país em 323 municípios brasileiros. As regiões onde os levantamentos foram feitos são as metropolitanas. Por isso a maioria das 192 áreas de habitação precária e aglomerados subnormais do Paraná estão perto de Curitiba. Somente na capital são 126 localidades identificadas, sendo a maior delas o Conjunto São Domingos Agrícola com 2,852 domicílios e 9.797 moradores.

Outras cidades consideradas no levantamento do IBGE são Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Colombo, Paranaguá, Araucária, Campo Largo, Almirante Tamandaré, Umuarama, Campo Magro, Itaperuçu, Jataizinho e Campo do Tenente. Além de Londrina, Cascavel também está fora do relatório.

Em síntese, o levantamento mostra que temos muito a cobrar das autoridades brasileiras e paranaenses. Insistimos: temos uma democracia participativa e o nosso papel não é de apenas votar. E se não gritarmos eles, os homens públicos, não escutam as nossas vozes em tom normal.

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