sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Os diferentes natais de cada um de nós

Entre compras, acerto de contas e a poupança do que sobrar, o trabalhador brasileiro é empurrado cada vez mais rápido para o clima comercial do Natal. Mal iniciamos dezembro. Mas em alguns municípios paranaenses os papais noéis já estão cansados do trabalho de promover a alegria e as vendas.

Nada contra. Consideramos, em primeiro lugar, que o trabalhador labuta por 12 meses e tem o devido direito de usar o décimo-terceiro salário em gastos que são impossíveis no resto do ano. Mas sabemos que muitas famílias já estão preocupadas com as despesas extras que chegarão em janeiro: IPTU, IPVA e compra de material escolar, por exemplo.

O que deve ser levado em conta, na verdade, é a flagrante substimação do valor espiritual das nossas datas comemorativas. O Natal tem um significado importante e mesmo para as pessoas que o comemoram sem vínculo religioso, o Natal é, no mínimo, um evento de confraternização familiar.

Estamos acostumados. Sabemos que nos primeiros dias de janeiro o apelo comercial usará como tema o Carnaval. Depois do Carnaval a Páscoa. Em seguida o Dia das Mães e assim por diante. As campanhas se sucedem e a culpa não é do comércio. Este apenas usa os sentimentos dos potenciais consumidores em apelos relacionados aos temas que comovem, sensibilizam, abrem inclusive os cofres minguados de cada cidadão.

Portanto, cabe somente a nós revitalizar os valores. Que não seja na crença exarcebada. Nada de fé cega e faca amolada. O que vale é um abraço e o real sentimento de amor entre cônjuges, pais e filhos, vizinhos, amigos e companheiros de fé. O que vale é lembrar que cada data comemorativa, mesmo que tenha sido concebida comercialmente, tem uma razão de ser que extrapola o afeto que se tenta demonstrar com o ato físico de presentear.

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