terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O que os ilustres pensam sobre o amor

Sócrates, o filósofo, manifestou-se certa vez desaforadamente em relação ao amor e à mulher. Ou em relação somente à mulher. Ou não? A queixa do pensador poderia ser com o amor. Vejam: “Deve-se temer mais o amor de uma mulher, do que o ódio de um homem”. Esta frase, dita nos dias de hoje, com certeza causaria muita polêmica.

O brasileiro Machado de Assis também eternizou algo sobre o amor num posicionamento que envolve ainda a fé, a religião e o casamento. É um pensamento coerente, mas também pode motivar contrariedades: “Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento”. Os dois casos são reais em determinadas circunstâncias.

Leonardo da Vinci era mais apaixonado e disse: “As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”. Quem já passou pela idade do namoro, do noivado e dos primeiros anos de união conjugal que o diga. Porque é comum, depois da primavera, o outono chegar com carranca de inverno. E quando isso acontece não há olhar que transmita carinho.

Pitágoras foi mais conselheiro: “Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo”. Verdade! Quantos fogos da paixão se apagam sem deixar lenha para o amor? Muitos.

Tudo isso porque em alguns países o dia 14 de fevereiro é o Valentine’s Day, uma espécie de dia dos namorados ou da união com amor. O fundamento histórico é mais ou menos assim: o imperador romano Cláudio II proibiu o casamento porque acredita que os jovens, solteiros, se alistariam no seu exército.

Mas Valentin, um bispo, desrespeitava o imperador e casava quem o procurasse. Pela desobediência ele foi preso e decapitado no dia 14 de fevereiro do ano de 270. Assim vamos usar da imaginação e apagar alguns pensamentos do início do texto.

O de Sócrates é flagrantemente cético, então passemos a borracha nele. O de Pitágoras é uma recomendação valiosa, mas em amor, às vezes, o risco de azedar o risco compensa. Leonardo da Vinci está exageradamente apaixonado. Vamos apagá-lo.

Ficamos com Machado de Assis: fé e religião às vezes não andam juntas; amor e casamento nem sempre dão ingredientes para o mesmo bolo.

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